Se a criança morre
É pedra o que fica
Já não é areia
Já não deixa a água passar
A ti que o presente prende
O futuro depende de ti
Se não fosse aquela criança
Nunca tinhas chegado aqui
A ti que o tempo empurra
Nada temas em ser gente
Também a criança temia
Mesmo assim seguiu em frente
Se um dia foste criança
Lembra-te sempre como é
Viver com tanta esperança
Acreditar com tamanha fé
N.A.: Feliz Dia da Criança!
Fogo de Outono
"Espero que todos os lápis que já usei não pensem que se foram em vão,
pois tenho-os a todos em grande estima."
domingo, 1 de junho de 2014
domingo, 22 de setembro de 2013
Outono
Olha para as cores da esperança
Um atrás da outra, a esmorecer
Tantas são as folhas em mudança
Ondulando ao vento, a descer
Numa espiral suave e mansa
O pôr do Sol espalha o seu ser
Um atrás da outra, a esmorecer
Tantas são as folhas em mudança
Ondulando ao vento, a descer
Numa espiral suave e mansa
O pôr do Sol espalha o seu ser
sábado, 22 de setembro de 2012
haiku #2
Caem as folhas.
As memórias então,
Preenchem o chão.
N.A.: Desculpa para dar as boas vindas ao Outono!
As memórias então,
Preenchem o chão.
N.A.: Desculpa para dar as boas vindas ao Outono!
sábado, 30 de junho de 2012
Analogia entre Músicas e Pessoas
Reparei num paralelo entre conhecer uma pessoa e a minha forma de conhecer uma música.
Há músicas em que o que me atrai de imediato é a melodia, independentemente da letra que esteja a ser cantada, em que língua for. Da mesma forma, há pessoas cuja maneira de ser nos cativa de imediato, independentemente das suas convicções.
Há músicas que me cativam ao ponto de tentar descobrir sobre o que é a letra, perdendo parte do encanto quando reparo que há partes da mensagem que nunca cantaria em voz alta. Da mesma forma, há pessoas que nos cativam ao ponto de querermos saber mais sobre elas, perdendo parte do encanto quando ficamos a conhececer convicções suas com as quais nunca concordaríamos (em voz alta).
Por fim, fora as "perfeitas" em melodia e letra, há músicas em que a mensagem da letra me fica na memória de tanto sentido que faz, mas têm uma melodia que não cativa de todo. Da mesma forma, há pessoas que têm convicções comuns às nossas, mas cuja maneira de ser não nos cativa nem um pouco. É por isso que a descoberta das suas mensagens ou convicções se torna mais difícil.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Se o universo quiser saber
Se o universo quiser saber,
Não fujas, segue em frente.
Agarra no teu lápis de carvão
E esvazia a tua mente.
Se o universo quiser saber,
Não cedas, enche-o de curiosidade.
Deixa-o intrigado em descobrir
De que é feita a criatividade.
Se o universo quiser saber,
Não o ouças, ouve-te a ti.
Ele pensa que sabe de tudo,
Mas cada escritor sabe de si.
Não fujas, segue em frente.
Agarra no teu lápis de carvão
E esvazia a tua mente.
Se o universo quiser saber,
Não cedas, enche-o de curiosidade.
Deixa-o intrigado em descobrir
De que é feita a criatividade.
Se o universo quiser saber,
Não o ouças, ouve-te a ti.
Ele pensa que sabe de tudo,
Mas cada escritor sabe de si.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Letras de que me recordo
Desde que te gostei,
Uns bons anos passaram,
Mas nunca esquecerei
As letras que desfilaram.
Descreviam momentos,
Sonhos e emoções,
De uma forma tão livre
Que só sei recordações.
Sinto que não sinto.
Não como outrora.
Falta-me aquele ímpeto
De deitar cá p'ra fora.
Escrever, até escrevo.
Um pouco a medo, talvez.
Só aumenta o relevo,
Da liberdade, outra vez.
Coloco-me numa prisão,
Descrevo o céu incompleto.
Tal como descreve o chão,
Quem só olha para o teto.
Sobrevalorizo quem lê,
Ainda que só leia eu.
Não sei bem porquê,
Este cisma que me deu.
Quando olho para trás,
Inspiro-me no que já fiz.
Sim, sei como se faz.
É o passado que o diz.
Escrever, até escrevia.
Um pouco a medo, verdade.
Mas caso não fazia,
Do resto da humanidade.
N.A.: Nada contra quem lê, apenas divagações de há uns meses atrás.
Uns bons anos passaram,
Mas nunca esquecerei
As letras que desfilaram.
Descreviam momentos,
Sonhos e emoções,
De uma forma tão livre
Que só sei recordações.
Sinto que não sinto.
Não como outrora.
Falta-me aquele ímpeto
De deitar cá p'ra fora.
Escrever, até escrevo.
Um pouco a medo, talvez.
Só aumenta o relevo,
Da liberdade, outra vez.
Coloco-me numa prisão,
Descrevo o céu incompleto.
Tal como descreve o chão,
Quem só olha para o teto.
Sobrevalorizo quem lê,
Ainda que só leia eu.
Não sei bem porquê,
Este cisma que me deu.
Quando olho para trás,
Inspiro-me no que já fiz.
Sim, sei como se faz.
É o passado que o diz.
Escrever, até escrevia.
Um pouco a medo, verdade.
Mas caso não fazia,
Do resto da humanidade.
N.A.: Nada contra quem lê, apenas divagações de há uns meses atrás.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Procuro, Desespero
- E aí eu perguntei-lhe o que queria, e ele disse que não sabia! - exclamou ele para o auscultador, sem conseguir deixar escapar um pouco de descontrolo.
- Tem calma Artur, tudo se vai resolver! - disse ela, mordendo o lábio inferior, tentando manter-se calma - Onde é que ele está?
- Já to disse por três vezes! Já corri isto tudo... - vociferou ele, apercebendo-se que levantou o tom de voz mais do que desejava.
- Artur... - suplicou ela, não conseguindo já esconder a sua preocupação.
- ...n-não o encontro em lado nenhum. - disse ele desesperado.
Tremia de nervosismo, mais do que alguma vez julgara possível. Sempre fora tão controlado, mas perante uma situação daquelas faltava-lhe o controlo. Quem é que conseguiria controlar-se depois de ter perdido o filho de vista daquela maneira, já havia uns longos 30 minutos.
- Tem calma Artur, tudo se vai resolver! - disse ela, mordendo o lábio inferior, tentando manter-se calma - Onde é que ele está?
- Já to disse por três vezes! Já corri isto tudo... - vociferou ele, apercebendo-se que levantou o tom de voz mais do que desejava.
- Artur... - suplicou ela, não conseguindo já esconder a sua preocupação.
- ...n-não o encontro em lado nenhum. - disse ele desesperado.
Tremia de nervosismo, mais do que alguma vez julgara possível. Sempre fora tão controlado, mas perante uma situação daquelas faltava-lhe o controlo. Quem é que conseguiria controlar-se depois de ter perdido o filho de vista daquela maneira, já havia uns longos 30 minutos.
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